O site YouTube está infestado por incontáveis filmes sobre o cometa ISON, mas a grande maioria contém fantasias produzidas por inumeráveis seitas religiosas e opiniões de pseudo cientistas que afirmam que a humanidade está à beira de uma iminente catástrofe cósmica. Uma legião de pseudo profetas engrossam variadas interpretações de antigos profetas associando a atual cometa ISON como sendo o astro que vai provocar tudo o que está descrito no último capítulo da Bíblia, ou seja, a revelação conhecida como o Apocalipse de João. Os dados aqui citados foram obtidos nos sites abaixo indicados, credenciados pela NASA e proferidos por cientistas e astrônomos reconhecidos por essa agencia espacial.
Atualmente existe bastante incerteza de que o telescópio espacial Hubble, após ter sido apontado para observar a área onde deveria estar o que restou do cometa ISON, a fim de obter alguma imagem de seus destroços os quais foram observados anteriormente através do instrumento de observação solar chamado SOHO LASCO C2, quando de sua trajetória de saída do periélio solar.
Recentemente houve uma explosão nos céus a Rússia, devido a queda do de um asteroide. Esse asteroide tinha apenas 17 metros de diâmetro e pesava aproximadamente 10.000 toneladas métricas. O Dr. Peter Brown, professor de física da Universidade de Ontário no Canadá, informou em seu comunicado que "O asteroide da Rússia atingiu a atmosfera da Terra numa velocidade 40.000 milhas por hora e se partiu em pedaços cerca de 12 a 15 milhas acima da superfície da Terra. A energia da explosão resultante excedeu a 470 mil toneladas de TNT". Isso significa que o mesmo foi 30 a 40 vezes mais potente que a bomba atômica que os Estados Unidos lançaram sobre a cidade japonesa de Hiroshima durante a Segunda Guerra Mundial. Um objeto similar e bem maior com 40 metros de diâmetro explodiu sobre a Sibéria em 1908, destruindo 2.137 quilômetros quadrados de floresta.
De acordo com o astrônomo Hal Weaver, que concebeu a estratégia de usar o Hubble no sentido de acompanhar a evolução da trajetória do cometa ISON, definiu dois locais prováveis da sua posição atual com base em dados de sua evolução anterior, medida quando o cometa ainda era visível e estava sendo acompanhado pelo telescópio SOHO LASCO C2.
O Dr. Weaver também estima que os menores objetos que o Hubble poderia ver nestas condições seriam objetos de cerca de magnitude 25, ou seja, o Hubble somente pode identificar fragmentos do cometa maiores do que 160 metros de diâmetro.
Consequentemente mesmo que existam muitos destroços maiores do que o que ocorreu em 1908 podem estar ameaçando a Terra no futuro bem próximo eles não podem ser identificados pelo Hubble. A queda de um meteoro desse tamanho teria efeitos inimagináveis. Entretanto nada sabemos, pode ser algo muito devastador ou nenhum efeito observável. Somente nos resta aguardar. O ser humano atual é muito orgulhoso de sua capacidade tecnológica, mas na verdade nada sabe.
Fontes:
hubblesite.org e
space.com