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MAR AVANÇA NA COSTA BRASILEIRA


29/07/2011



Coletânea de artigos abordando o mesmo tema

19/01/2010
RECIFE ESTÁ ENTRE AS REGIÕES MAIS AMEAÇADAS PELO AVANÇO DO MAR

Nas duas últimas semanas, os temas Aquecimento Global e Mudanças Climáticas estiveram em destaque nos principais veículos de comunicação. A Conferência do Clima em Copenhague teve a difícil tarefa de reunir propostas e opiniões de pelo menos 190 países sobre o futuro do planeta Terra. Um assunto tão complexo como este envolve fundos gigantescos e mudanças de atitude de toda a humanidade.

As mudanças no mundo resultado das alterações climáticas já estão acontecendo independente das previsões futuras. Uma série de reportagens reunidas nesta semana pretende mostrar um pouco dos efeitos do clima em nosso planeta.

O aumento do nível dos oceanos e o avanço do mar estão entre os assuntos mais discutidos pelos especialistas em clima. No litoral brasileiro, a região metropolitana do Recife é considerada uma das mais vulneráveis ao aumento do nível do mar.

A cidade se expandiu ao longo dos anos e mais de 80% das casas, prédios e outras construções estão concentradas a menos de 30 metros da faixa litorânea. A região está a apenas quatro metros acima do nível do mar e toda banhada por rios. Popularmente, os recifenses chamam o Recife de “Veneza brasileira”.

Um estudo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) analisou todo o litoral brasileiro e apontou as quatro regiões de maior risco de inundação no futuro com o aumento do nível do mar. São elas, o Recife, o Rio de Janeiro, Santa Catarina e a Baixada Santista. As projeções levaram em conta o aumento do nível do mar em 50 centímetros e em um metro. O Recife aparece na posição mais desfavorável nas duas opções.

O resultado é preocupante. No caso de um aumento do nível do mar em meio metro, cidades da região metropolitana teriam 40 quilômetros quadrados de área inundada. Na hipótese de um metro, a água chegaria a quase 54 quilômetros quadrados.

Hoje, nem os diques artificiais estão conseguindo conter o avanço do mar no Recife. A orla já registra estragos. Alguns trechos da praia de Boa Viagem, a principal da capital, desapareceram nos últimos 14 anos. A cidade histórica de Olinda também enfrenta uma situação crítica, onde 59% da faixa de areia já foi perdida, de acordo com os pesquisadores.

Fonte: Ciência Agora


17/09/2008
PREFEITURA REFORÇA AÇÕES PARA CONTER O AVANÇO DO MAR

Luciano Ferreira


Cerca de 30 funcionários trabalharão nas obras

Os meses de agosto e setembro apresentam a maior incidência de ventos fortes e marés altas do ano. Por isso, a Prefeitura do Recife reforçou as ações de monitoramento e contenção do avanço do mar na orla de Boa Viagem. As principais intervenções serão: o aumento no efetivo de técnicos da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) para acompanhar a evolução do fenômeno e a colocação de uma barreira nos trechos da orla atingidos.

Para a operação, foram disponibilizados 30 servidores da PCR, que estarão de prontidão na faixa litorânea. A equipe já iniciou a ação na madrugada desta quarta-feira (17), com a construção de uma barreira com centenas de sacos de areia na orla, principalmente na altura do antigo castelinho de Boa Viagem. Além da contenção, está sendo depositado um volume excedente de areia na praia para proteger os novos bancos e o calçadão.

Desde 2004, a Prefeitura investe, anualmente, R$ 1,5 milhão no controle e monitoramento constante do avanço do mar em Boa Viagem. O trabalho é realizado durante o ano inteiro com uma equipe de dez homens na orla. Nas épocas de marés altas e ventos mais intensos, este quantitativo é dobrado ou até triplicado.

Fonte: Prefeitura de Recife



03/2008
AVANÇO DO MAR: SOLUÇÕES PARA O LITORAL PERNAMBUCANO

O avanço do mar – problema que afeta todo o litoral brasileiro – é particularmente grave em Pernambuco. A época mais aguda ocorre entre julho e setembro, quando os ventos são mais fortes e as marés estão mais altas. As causas do avanço do mar estão relacionadas às mudanças climáticas, à erosão natural provocada pela queda-de-braço entre o mar e as cidades do litoral e à ocupação urbana desordenada entre outros fatores. Como consequência, a água invade e destrói casas, bares e restaurantes construídos na orla marítima.

Historicamente, ao longo do litoral pernambucano ocorreu intensa ocupação urbana da linha de praia por edificações privadas. Nas últimas décadas, processos de erosão marinha vem agindo nas orlas dos municípios da região metropolitana do Recife, atingindo com mais rigor, além da capital, os municípios de Jaboatão dos Guararapes, de Olinda e do Paulista.

Em março de 2006, o MPF/PE participou do lançamento do Projeto de Monitoramento Ambiental Integrado do Litoral Pernambucano (MAI), com o objetivo de conduzir estudo científico sobre a situação da erosão marinha, fornecer aos órgãos decisores dados que estabeleçam medidas de contenção e substituir a intervenção pontual por intervenções globais na costa dos municípios citados. Após 2 anos, as informações técnicas do projeto subsidiaram o planejamento e a implementação de ações estratégicas para a gestão ambiental e para a integração de políticas públicas na zona costeira pernambucana. A iniciativa do projeto foi do MPF, da Gerência Regional do Patrimônio da União (GRPU), da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos(CPRH), do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Não-Renováveis (Ibama), da Universidade Federal de Pernambuco, do governo do estado de Pernambuco e dos municípios citados.


A água derruba paredes, leva a mobília e mostra a destruição dos móveis, como o guarda-roupas exposto para o mar.

Dificuldades

O procurador da República e representante da 4ª Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural no Estado Marcos Antônio da Silva Costa afirma que uma das dificuldades enfrentadas durante o MAI foi a importação e disponibilização dos equipamentos oceanográficos responsáveis pelos levantamentos de dados e informações técnicas, fundamentais para o desenvolvimento do projeto. Outra dificuldade foi operar uma rede de diversas instituições públicas, que precisam coordenar suas atuações para sair do isolamento e construir uma realidade colaborativa. Há, igualmente, a pressão por realização das obras de contenção, as quais, contudo, podem não resolver os problemas. O procurador ressaltou que as obras emergenciais nunca estiveram proibidas e, em algumas situações, as instituições reuniram-se para deliberar sobre ações emergenciais em pontos críticos da orla marítima.

Durante o projeto, estabeleceu-se um consenso sobre atuação coordenada para estabelecer medidas de médio e longo prazo para a contenção do avanço do mar, construção de obras de intervenção na orla, implantação de loteamentos e disciplinar o ordenamento de uso e ocupação do solo na zona costeira. A coordenação técnico-científica do projeto informou que os dados levantados até o momento (cerca de 80% do escopo do projeto)já estão sendo analisadas pelos pesquisadores. As informações técnicas só poderão ser disponibilizadas após a conclusão do relatório final previsto para dezembro de 2008. “Diante disso, o MPF vem mediando e supervisionando o desenvolvimento das atividades do projeto por meio de reuniões extraordinárias periódicas, realizadas na PR/PE, com a participação do comitê técnico-científico e órgãos co-executores municipais”, finalizou o procurador.


O mar avança sobre construções e traz destruição.

Um gigante instável

Nos últimos anos, o avanço do mar vem preocupando a população que reside na zona costeira, a comunidade científica e os órgãos públicos envolvidos nessa temática. O Geógrafo e Doutor em Geologia costeira e oceânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e técnico da gerência costeira e do ar do Ministério do Meio Ambiente (MMA) João Luiz Nicolodi explicou que o nível dos oceanos já subiu e baixou diversas vezes ao longo da história do planeta. Para ele, o que preocupa atualmente é que as atividades humanas podem estar interferindo no ciclo natural e causando uma subida mais rápida do que se esperava.

Segundo ele, pesquisas atuais apontam o aquecimento global como a grande causa do avanço do mar. Como consequências desse avanço, ele destaca a alteração dos ecossistemas costeiros que afeta a vida marinha nos oceanos. Um exemplo são os manguezais considerados os “berços” da vida aquática no planeta. “Uma elevação do mar pode "afogar" esses ecossistemas, alterando a sua dinâmica e influindo de maneira muito negativa no ciclo de diversos organismos marinhos”, concluiu.

Outro impacto diz respeito à erosão costeira que ocorre quando o mar “leva” parte das praias. Atualmente os estudos apontam processos erosivos em quase todas as partes do mundo. “Na Europa, mais de 20.000 km de litoral estão sob processos de erosão. No Brasil, aproximadamente 40% de nosso litoral está sendo "engolido" pelo mar”, disse.

Ele destaca ainda que as mudanças climáticas afetam a vida dos oceanos. “Os recifes de corais já parecem sentir esse problema. Em muitos deles detecta-se o problema do branqueamento, o que acaba resultando na morte dos corais”, finalizou.

O técnico do MMA alerta que não há uma receita para solucionar o problema; o que deve ser feito é pensar em adaptação e mitigação dos efeitos. Ele alerta que sair por aí construindo muros e mais muros na orla não é necessariamente o correto. “Claro que nos casos mais graves essa é a solução "final" a ser adotada, mas existem alternativas como o "engorde" de praias, que consiste em recuperar o perfil de uma praia com a recolocação de areia e monitoramento das condições oceanográficas”, concluiu.

Sobre a existência de dados e levantamento técnico no litoral brasileiro acerca do tema, João destaca o livro “Erosão e Progradação no Litoral Brasileiro”. Essa publicação do MMA é o maior e mais aprofundado levantamento feito sobre a erosão no país, tendo envolvido mais de 50 pesquisadores nos 17 estados costeiros. O livro pode ser pode ser acessado no endereço: www.mma.gov.br/sigercom.

Fonte: Revista das Águas


26/02/2008
PERNAMBUCO – AVANÇO DO MAR PREOCUPA E EXIGE MEDIDAS CONJUNTAS

O avanço do mar e a destruição de imóveis nas orlas de Jaboatão dos Guararapes, Recife, Olinda e Paulista motivaram o pronunciamento, ontem, da deputada Ceça Ribeiro (PSB). "Minha preocupação é que, com a proximidade das campanhas eleitorais, os recursos para solucionar o problema sejam investidos de forma errada", alertou. Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e um engenheiro da Universidade da Cataluña, na Espanha, estudam uma solução conjunta entre as Prefeituras, mas os resultados só sairão no final deste ano.

A socialista lembrou que, na última sexta-feira (22), os jornais de circulação do Estado também destacaram o problema. "A engorda das praias seria uma medida mais barata e segura, mas terminaram sendo feitos investimentos isolados em soluções mal planejadas, que não resolveram a situação", criticou, acrescentando que o avanço do mar é uma resposta às intervenções do homem na natureza. "O avanço do mar passa por Pontas de Pedra e chega em Acaú, atravessando a fronteira com a Paraíba".

Segundo Ceça, o problema começou com a construção dos Portos do Recife, que barrou a corrente marinha que vinha do sul, destruindo a comunidade de Salgadinho e formando a Praia de Del Chifre. "O mar foi seguindo para o Norte, estourando na Praia dos Milagres e encobrindo duas ruas de Olinda", contou.

Em 2006, as Prefeituras encaminharam os pontos críticos, mas eles não foram considerados emergenciais pelo grupo de trabalho. "Em Paulista, a equipe da Prefeitura considerou críticos os pontos da Enseadinha, a área do Mexilhão e da Pizzaria do Gordo", enumerou Ceça.

A parlamentar disse que, em 2007, técnicos da Prefeitura do Paulista preocupados com o estrago das obras realizadas de forma equivocada solicitaram ao Ministério Público o relatório mensal do estudo da orla, mas não receberam o resultado. "Na ocasião, o prefeito decretou estado de emergência", declarou.

Fonte: Skyscrapercity



15/08/2007
MAR AVANÇA E ASSUSTA MORADORES EM PERNAMBUCO

Ondas já chegaram às portas de algumas casas na Região Metropolitana do Recife.

Especialistas dizem que faltou planejamento de obras na orla.

Veja o site do Bom Dia Brasil

Especialistas estão alarmados com o avanço do mar na Região Metropolitana do Recife. As ondas já chegaram às portas das casas. A faixa de areia está cada vez mais estreita e o mar destrói o que encontra pela frente.

Na orla do município de Jaboatão dos Guararapes, os moradores de um prédio de luxo perderam a entrada principal do edifício. Só podem entrar em casa pela rua de trás. O muro está cedendo.

“Estamos apavorados com o avanço do mar. Quando a maré está alta, as cadeiras, a tela do computador balançam”, conta a advogada Adriana Ferreira.

Em outro trecho, na cidade de Paulista, diques construídos não impediram que as ondas chegassem com força à beira da praia. Postes caíram e uma parte do calçadão cedeu.

Culpa do homem

De acordo com especialistas, o avanço do mar em Pernambuco ocorre mais por causa da ação do homem do que pelas mudanças climáticas que atingem o planeta. Aterros foram mal planejados, diques construídos de modo errado e a orla foi ocupada de forma inadequada. Agora, o mar avança para buscar o espaço que, naturalmente, deveria ser dele.

“O que aconteceu na Região Metropolitana do Recife foi, principalmente, o uso inadequado do solo. O mar precisa do espaço natural”, explica a especialista em geologia marinha Tereza Araújo.

Fonte: G1



30/01/2007
AVANÇO DO MAR AMEAÇA RECIFE E RIO

Nível dos oceanos deve subir até 58 centímetros até fim do século. O RJ também seria afetado

Recife e RJ são as duas cidades costeiras do Brasil que mais sofrerão com a elevação do nível dos oceanos.

Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), o mar avançará de 28 a 58 centímetros, até o fim do século.

O assunto está na pauta de grupo de trabalho do IPCC reunido em Paris, na França, até quinta-feira.

“Além de muito plano, o Recife é atravessado por rios”, justifica Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São Paulo. Ele é um dos 13 brasileiros que integram o IPCC, com mais de dois mil cientistas ao redor do mundo.

Nobre se refere aos Rios Capibaribe e Beberibe. “Se o nível do mar sobe, o dos rios também se eleva”, justifica o pesquisador.

Ele destaca que a cidade já enfrenta enchentes. “A elevação do nível do mar apenas agravará a situação”, afirma o engenheiro, ligado ao Centro de Previsão e Estudos Climáticos (CPTEC-Inpe).

O problema, uma consequência do aumento da temperatura global, poderá ser piorado por outras variações climáticas em escala planetária.

“Imagine uma tempestade em cima do oceano, aliada a um vento forte soprando na direção da costa e a muita água de chuva trazida pelos rios”, descreve Nobre.

A inclusão do Recife nos relatórios do IPCC tem origem num estudo iniciado em 1989 por equipe da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Claudio Freitas Neves, um dos autores do trabalho, estimou que a elevação de um metro no nível do mar sucumbiria bairros como Brasília Teimosa, na Zona Sul. Segundo ele, o aumento é de 25 milímetros por ano no Recife e de 20 milímetros por ano no RJ.

“Na época, recomendamos a instalação de um marégrafo, que mede a altura das marés, para o acompanhamento do problema”, conta Neves.

Ele diz que a erosão da praia nos litorais do Recife e de Jaboatão dos Guararapes acentua o impacto da elevação do nível do mar.

“A areia, na maré alta, é removida da praia e depositada por trás dos recifes de arenito. Quando a maré baixa, a água não ultrapassa os recifes, por isso os sedimentos não retornam”, esclarece Neves.

O pesquisador do Laboratório de Geofísica e Geologia Marinha da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Valdir Manso alerta que os bairros às margens do Capibaribe serão os mais atingidos.

“É que o rio, em razão da elevação do nível do mar, vai ampliar a área de enchente”, explica.

(Jornal do Commercio, Recife, 30/1)

Fonte: Jornal da Ciência

Veja também outro artigo a respeito.


Veja vídeos relacionados a este tema:

http://www.youtube.com/watch?v=IGj1RcFrmrU&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=g4QpANwRQDc&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=3pT4VKfZL4M




Comentários:


mickaelly (mickaelly_lino@hotmail.com) comentou em 19/08/2012 - 10:08:29

isso é um absurdo nao pode ta acontecendo esse avanço todo

Benedicto Ismael Dutra comentou em 21/08/2012 - 17:08:06

Um outro artigo sobre o tema em:
www.sescsp.org.br/sesc/revistas_sesc/pb/artigo.cfm?Edicao_Id=292&Artigo_ID=4584&IDCategoria=5221&reftype=1


ze mario (zemariodeandrade@gmail.com) comentou em 23/09/2012 - 13:09:25

por que uma cidade abaixo do nivel do mar nao é inundada? ONDE encontro diretamente essa resposta? se existe em algum lugar me digam indiquem por favor ou algum site cientista que eu posso receber esta resposta OBRIGADO

insbeti Schmidt Silva CAmpos (insbete@hotmail.com) comentou em 31/08/2015 - 10:08:26

Muito obrigada mesmo minha pesquisa de ciências vai ficar maravilhosa

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